Universidade Paulista
André Luis Oliver Gomes
Lucélia da Silva Coelho
Nathalia Ortega da Silva
Viviane Endrigo Rocha
Atividades Práticas Supervisionadas
1. Fichamento do Artigo: A Estética da diferença e o Ensino das
Literaturas de Língua Inglesa
O objetivo do artigo é discutir sobre a estética e sua importância na literatura
de língua inglesa no momento da inclusão não só de narrativas canônicas, mas
como das culturas pós colonial que foram colônias inglesas e hoje tem suas próprias
tradições. Segundo David Damrosh devemos respeitar os textos narrativos do
Outro, pois detalhes da literatura que nos parecem foram dos nossos padrões, são
características de sua cultura. Estética: é universal, comum e Diferença aponta para
múltiplo, local, situado. A estética universal precisa ser reconsiderada perante a
pluralidade de culturas que apareceram nas últimas décadas. (p 313). Eagleton
(1990, p.25) aponta que a estética não é única, desinteressada porque subjuga as
massas, quer se impor. Freitas Caton (2002, p.280) diz que é uma prática
comunitária. Ickstad (2002, p.265) diz que a estética é instável e se transforma.
Bhaba entende o discurso da estética como social, plural e não individual. A
estética surge na comunidade em que se vive e assim tem diferentes teorias
surgindo assim a estética da diferença que em um nível torna-se transparente o
aspecto social da literatura e o aspecto da estética convivendo com o outro. Caputo
aponta que a diferença é um jogo entre forças eruptivas e que a relação entre elas
causa a diferença. Derrida chama de centro, mas não é fixo e com a chegada de
outras forças surge um Novo. O objetivo da estética da diferença é “Oamor do outro
por meio de apreciação de formas diferentes. O outro faz-nos reconhecer nossos
limites e avaliar nossos tabus (p.315). O literário é um conceito plural, é a relação
entre o povo e seus valores e articulação do que aprendem, suas experiências de
literatura. Não é só porque entende literatura inglesa que vai entender literatura
indiana, cada uma tem suas peculiaridades. Para Damrosh, literatura é fazer poesia
(grego). No ocidente pode ser considerado narrativa de belas palavras, mas um
texto pode ser político, histórico, não importa será considerado estético (p.316).
Espera-se que literatura seja entendida pela sociedade como realidade. Na cultura
indiana fato e ficção estão ligados. Para Gandhi textos como Mahabharata é que
retratavam a realidade e visto pelo ocidente são textos épicos. No romance
Rathapura de Raja Rao homens e deuses se misturam no mesmo espaço.
Os gêneros literários variam de acordo com a cultura, ghazal é diferente de
soneto, poesia diferencia de prosa (p.317). Enquanto o romance inglês é social o
romance russo é psicológico. Na Índia narrativas dos dalitis não tem valor literário
julgados pelas castas superiores. Literatura são narrativas literárias, legitimadas e
reconhecidas e isso é estabelecido na relação texto-leitor-contexto cultural. Objetos
dos índios por exemplo tem valor religioso e para nós arte. O valor, o significado
literário depende do local em que a narrativa está inserida. Se tiver no museu é arte,
valor social ou estético. (p.318). A estética pode ser bela ou opressora, depende do
julgamento (Elliot, 2002, p.3)
Existem diferentes narrativas juntas com os cânones literários que nem
sempre a reconhecem. No caso das línguas multiculturais a língua inglesa é que é a
língua comum. Tudo está relacionado com questões de poder. Muitos desconhecem
as epistemologias do outro e desqualificam por não ser semelhante a dele (p.320).
A estética pode desafiar as maneiras canônicas de ver o mundo, até porque uma
literatura feita num contexto mais antigo fica difícil de ser interpretada nos dias de
hoje. Assim nos torna críticos como diz (Fish, 1982), comunidade interpretativa.
Damrosk afirma que devemos ler um texto levando em consideração o contexto em
que foi produzido. Todas as cultura tem várias vozes (Freitas Caton, 2002, p283).
A língua é uma ferramenta de poder, de imposição, exemplo literatura inglesa
na índia. Para Mathew Arnold a língua tornou-se ferramenta de opressão social. A
estética pode ser reafirmada para reafirmar preconceitos nacionais. A estética é
uma prática de inclusão. Dewey afirma que todas as narrativas sociais são
importantes desmistificando o pedestal das literaturas canônicas. Arte é cinema, gibi
popular e não só um objeto em museu. Byron diz que estética é a conscientização
da cultura do outro. Para Giroux qualquer literatura depende do lugar que se fala e
das relações de poder que a permeiam que legitimam as leituras em detrimento de
outras. A estética derruba qualquer ideologia. (P324)
Características formais articulam as diferenças culturais tem história, começo,
meio e fim e outras espirituais não tem um tempo linear. O professor de língua
inglesa precisa se inteirar com as diferentes epistemologias estéticas e sistemas
culturais para não desqualificar o texto do outro. Assim é fundamental um texto
transcultural. Ensinar a diferença é ensinar as condições não só literárias, mas
culturais, sociais e políticas.
Helen Hoy pergunta Diferente para quem? O diferente pode ser eu, e diz que muitas
comunidades resistem ao Outro por receio de perderem suas identidades, de eles
se apropriarem de suas narrativas. O Discurso do pós colonialismo pode sufocar os
outros discursos. A diferença é um processo de significação que varia segundo o
contexto cultural e as pessoas envolvidas em suas relações de poder.
2. Plano de Aula de Língua Inglesa com uso de Narrativa Literária
Aula nº 01 Série: 9º Ano do Ensino Fundamental
Data: XX/09/2016 Turma: X
Conteúdos:
- Leitura do Trecho do Poema Épico “Beowulf”
- Identificação dos Subjective Pronouns, Personal Pronouns e Object
Pronouns.
Introdução:
No processo de ensino e aprendizagem de Literatura Inglesa, usando a obra
Beowulf e trabalhando seu contexto histórico, apresentamos aos alunos os aspectos
específicos da História da Língua, e sua formação. Beowulf, um poema épico
escrito em língua saxã com uso de aliteração, foi um marco na literatura medieval,
cujo único registro data do século XI, narra a história de um herói lutando contra as
forças do mal. Retrata os acontecimentos da época, de uma forma lúdica que atrai a
atenção de jovens e adolescentes, tendo em vista sua adaptação para os meios de
mídia modernos, e também as novas traduções, como a que faremos uso nesta
aula.
Objetivos:
- Acesso e total entendimento e compreensão da funcionalidade dos Subjective Pronouns, Personal Pronouns e Object Pronouns., suas conexões para
melhor construir um texto.
- Inclusão dos alunos na disciplina de Literatura, e apresentação de uma obra
clássica da Língua Inglesa
- Levar o aluno a refletir criticamente sobre os aspectos literários e lingüísticos
relevantes da cultura de Língua.
- Apresentar o contexto histórico do período anglo-saxão, e principalmente sua
importância para o contexto de história da Língua.
Estratégia de Desenvolvimento da aula:
- Apresentar as funções gramaticais dos Pronomes de Língua Inglesa:
Subjective Pronouns, Personal Pronouns e Object Pronouns.
- Distribuir um Exercício de formação de sentenças com uso de Pronomes.
- Entregar, ler, e fazer-se compreendido o trecho IV de Beowulf, junto com os
alunos.
- Apresentar o Contexto Histórico e Cultural da Época.
- Solicitar a identificação dos Subjective Pronouns, Personal Pronouns e
Object Pronouns. no trecho lido de Beowulf.
- Apresentação do vídeo sobre a História da Língua Inglesa, disponível no
TEDTalks Netflix.
Material Necessário:
- Plano de Aula nº 1
- Cópias Impressas do Trecho de Beowulf
- Retroprojetor
Avaliação
O aluno será avaliado através de 2 (duas) provas bimestral onde a soma das duas e
dividido por 2 deverá dar a média 7, também será avaliado pela sua participação em
sala de aula e terá um ponto na média pela execução das atividades dadas em sala
de aula.
Referências Bibliográficas:
- Beowulf & Grendel (2005)
- Beowulf (1999)
- RICHARDS, Jack C. The Pronouns, and we have to use it! In: Interchange Intro, 4ª Edição. p 121 - p123.
- TEDTalks, The History of English language, disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=K1XQx9pGGd0r