quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A ESTÉTICA DA DIFERENÇA E O ENSINO DAS LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA - PLANO DE AULA SOBRE BEOWULF

Universidade Paulista 

André Luis Oliver Gomes
Lucélia da Silva Coelho
Nathalia Ortega da Silva
Viviane Endrigo Rocha

Atividades Práticas Supervisionadas


1. Fichamento do Artigo: A Estética da diferença e o Ensino das Literaturas de Língua Inglesa 

O objetivo do artigo é discutir sobre a estética e sua importância na literatura de língua inglesa no momento da inclusão não só de narrativas canônicas, mas como das culturas pós colonial que foram colônias inglesas e hoje tem suas próprias tradições. Segundo David Damrosh devemos respeitar os textos narrativos do Outro, pois detalhes da literatura que nos parecem foram dos nossos padrões, são características de sua cultura. Estética: é universal, comum e Diferença aponta para múltiplo, local, situado. A estética universal precisa ser reconsiderada perante a pluralidade de culturas que apareceram nas últimas décadas. (p 313). Eagleton (1990, p.25) aponta que a estética não é única, desinteressada porque subjuga as massas, quer se impor. Freitas Caton (2002, p.280) diz que é uma prática comunitária. Ickstad (2002, p.265) diz que a estética é instável e se transforma.

Bhaba entende o discurso da estética como social, plural e não individual. A estética surge na comunidade em que se vive e assim tem diferentes teorias surgindo assim a estética da diferença que em um nível torna-se transparente o aspecto social da literatura e o aspecto da estética convivendo com o outro. Caputo aponta que a diferença é um jogo entre forças eruptivas e que a relação entre elas causa a diferença. Derrida chama de centro, mas não é fixo e com a chegada de outras forças surge um Novo. O objetivo da estética da diferença é “Oamor do outro por meio de apreciação de formas diferentes. O outro faz-nos reconhecer nossos limites e avaliar nossos tabus (p.315). O literário é um conceito plural, é a relação entre o povo e seus valores e articulação do que aprendem, suas experiências de literatura. Não é só porque entende literatura inglesa que vai entender literatura indiana, cada uma tem suas peculiaridades. Para Damrosh, literatura é fazer poesia (grego). No ocidente pode ser considerado narrativa de belas palavras, mas um texto pode ser político, histórico, não importa será considerado estético (p.316). Espera-se que literatura seja entendida pela sociedade como realidade. Na cultura indiana fato e ficção estão ligados. Para Gandhi textos como Mahabharata é que retratavam a realidade e visto pelo ocidente são textos épicos. No romance Rathapura de Raja Rao homens e deuses se misturam no mesmo espaço.

Os gêneros literários variam de acordo com a cultura, ghazal é diferente de soneto, poesia diferencia de prosa (p.317). Enquanto o romance inglês é social o romance russo é psicológico. Na Índia narrativas dos dalitis não tem valor literário julgados pelas castas superiores. Literatura são narrativas literárias, legitimadas e reconhecidas e isso é estabelecido na relação texto-leitor-contexto cultural. Objetos dos índios por exemplo tem valor religioso e para nós arte. O valor, o significado literário depende do local em que a narrativa está inserida. Se tiver no museu é arte, valor social ou estético. (p.318). A estética pode ser bela ou opressora, depende do julgamento (Elliot, 2002, p.3)

Existem diferentes narrativas juntas com os cânones literários que nem sempre a reconhecem. No caso das línguas multiculturais a língua inglesa é que é a língua comum. Tudo está relacionado com questões de poder. Muitos desconhecem as epistemologias do outro e desqualificam por não ser semelhante a dele (p.320). A estética pode desafiar as maneiras canônicas de ver o mundo, até porque uma literatura feita num contexto mais antigo fica difícil de ser interpretada nos dias de hoje. Assim nos torna críticos como diz (Fish, 1982), comunidade interpretativa. Damrosk afirma que devemos ler um texto levando em consideração o contexto em que foi produzido. Todas as cultura tem várias vozes (Freitas Caton, 2002, p283).

 A língua é uma ferramenta de poder, de imposição, exemplo literatura inglesa na índia. Para Mathew Arnold a língua tornou-se ferramenta de opressão social. A estética pode ser reafirmada para reafirmar preconceitos nacionais. A estética é uma prática de inclusão. Dewey afirma que todas as narrativas sociais são importantes desmistificando o pedestal das literaturas canônicas. Arte é cinema, gibi popular e não só um objeto em museu. Byron diz que estética é a conscientização da cultura do outro. Para Giroux qualquer literatura depende do lugar que se fala e das relações de poder que a permeiam que legitimam as leituras em detrimento de outras. A estética derruba qualquer ideologia. (P324)

Características formais articulam as diferenças culturais tem história, começo, meio e fim e outras espirituais não tem um tempo linear. O professor de língua inglesa precisa se inteirar com as diferentes epistemologias estéticas e sistemas culturais para não desqualificar o texto do outro. Assim é fundamental um texto transcultural. Ensinar a diferença é ensinar as condições não só literárias, mas culturais, sociais e políticas.

Helen Hoy pergunta Diferente para quem? O diferente pode ser eu, e diz que muitas comunidades resistem ao Outro por receio de perderem suas identidades, de eles se apropriarem de suas narrativas. O Discurso do pós colonialismo pode sufocar os outros discursos. A diferença é um processo de significação que varia segundo o contexto cultural e as pessoas envolvidas em suas relações de poder.

2. Plano de Aula de Língua Inglesa com uso de Narrativa Literária 

Aula nº 01 Série: 9º Ano do Ensino Fundamental
Data: XX/09/2016 Turma: X

Conteúdos: - Leitura do Trecho do Poema Épico “Beowulf”
                   - Identificação dos Subjective Pronouns, Personal Pronouns e Object Pronouns.

Introdução: No processo de ensino e aprendizagem de Literatura Inglesa, usando a obra Beowulf e trabalhando seu contexto histórico, apresentamos aos alunos os aspectos específicos da História da Língua, e sua formação. Beowulf, um poema épico escrito em língua saxã com uso de aliteração, foi um marco na literatura medieval, cujo único registro data do século XI, narra a história de um herói lutando contra as forças do mal. Retrata os acontecimentos da época, de uma forma lúdica que atrai a atenção de jovens e adolescentes, tendo em vista sua adaptação para os meios de mídia modernos, e também as novas traduções, como a que faremos uso nesta aula.

Objetivos:

 - Acesso e total entendimento e compreensão da funcionalidade dos Subjective Pronouns, Personal Pronouns e Object Pronouns., suas conexões para melhor construir um texto.

 - Inclusão dos alunos na disciplina de Literatura, e apresentação de uma obra clássica da Língua Inglesa
- Levar o aluno a refletir criticamente sobre os aspectos literários e lingüísticos relevantes da cultura de Língua.
- Apresentar o contexto histórico do período anglo-saxão, e principalmente sua importância para o contexto de história da Língua.

Estratégia de Desenvolvimento da aula: - Apresentar as funções gramaticais dos Pronomes de Língua Inglesa: Subjective Pronouns, Personal Pronouns e Object Pronouns.
- Distribuir um Exercício de formação de sentenças com uso de Pronomes.
 - Entregar, ler, e fazer-se compreendido o trecho IV de Beowulf, junto com os alunos.
- Apresentar o Contexto Histórico e Cultural da Época.
- Solicitar a identificação dos Subjective Pronouns, Personal Pronouns e Object Pronouns. no trecho lido de Beowulf.
- Apresentação do vídeo sobre a História da Língua Inglesa, disponível no TEDTalks Netflix.

Material Necessário:

- Plano de Aula nº 1
- Cópias Impressas do Trecho de Beowulf
- Retroprojetor

Avaliação

O aluno será avaliado através de 2 (duas) provas bimestral onde a soma das duas e dividido por 2 deverá dar a média 7, também será avaliado pela sua participação em sala de aula e terá um ponto na média pela execução das atividades dadas em sala
de aula.

Referências Bibliográficas:

- Beowulf & Grendel (2005)
 - Beowulf (1999)
- RICHARDS, Jack C. The Pronouns, and we have to use it! In: Interchange Intro, 4ª Edição. p 121 - p123.
 - TEDTalks, The History of English language, disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=K1XQx9pGGd0r

Um comentário:

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